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Turismo na Colômbia: de roteiros históricos à praias paradisíacas (por Bruno Segatto)

Cartagena de Índias (Fotografia: Bruno Segatto)

Relato de viagem, por Bruno Segatto

Nenhum outro país americano é tão parecido com o Brasil quanto a República da Colômbia. Ambos os países possuem considerável dimensão territorial, grande diversidade climática e cultural e um histórico de economia exportadora de itens primários, como o café. Também compartilhamos problemáticas socioeconômicas com os vizinhos colombianos: ambos os países possuem níveis elevados de trabalho informal e de desigualdade social, bem como alarmantes índices de violência urbana, problemas habitacionais e de mobilidade urbana. 

As semelhanças não param por aí: os custos em termos de transporte, hospedagem, passeios turísticos etc. não diferem muito dos do Brasil e a diferença entre as moedas (Real e Peso colombiano) não é grande. Por outro lado, inúmeros elementos tornam a Colômbia diferente do Brasil. Suas praias paradisíacas são banhadas pelos oceanos Pacífico e Atlântico e seu território é cortado ao meio pela Cordilheira dos Andes, embora também seja ocupado pela mesma floresta Amazônica que ocupa parte do Norte brasileiro.

A Colômbia é, portanto, uma interessante possibilidade de destino turístico para os brasileiros que gostam de história, paisagens deslumbrantes, praias caribenhas e cafés deliciosos. Conheça um pouco mais das paisagens, da história e da cultura de um país que até pouco tempo atrás era sinônimo de violência e narcotráfico.

Histórico de violência ficou no passado?

A Colômbia tem um histórico de violência que remonta à sua independência em relação ao Império espanhol. O libertador Simón Bolívar foi o grande líder nas lutas contra os espanhóis e pela emancipação da República da Grande Colômbia. Embora tenha conseguido tornar esta parte do continente independente, a sua grande república se fragmentou em quatro países menores: Equador, Venezuela, Colômbia e, posteriormente, Panamá. 

Mesmo após a separação em relação à Espanha, inúmeros foram os conflitos internos para organizar o Estado colombiano. Até meados do século XX, o país viveu momentos de extrema violência política entre os partidos liberal e conservador, como a Guerra dos Mil Dias (1899-1902) e o Bogotazo de 1948. Neste último episódio, a capital colombiana ficou parcialmente destruída depois que incêndios e ataques a prédios públicos foram realizados pelos liberais revoltados pelo assassinato de seu líder mais popular, Jorge Eliécer Gaitán. Ele foi assassinado com disparos à queima roupa em plena rua cêntrica de Bogotá.

Homenagens a Jorge Eliécer Gaitán no local em que ele foi assassinado em 1948. Bogotá (Fotografia: Bruno Segatto)

Nos anos 80, a Colômbia viveu anos terríveis marcados por atentados, sequestros e assassinatos realizados por grupos guerrilheiros, narcotraficantes e paramilitares que combatiam as guerrilhas. De tal forma que o país figurava entre os mais perigosos do mundo.

A partir de um grande esforço conjunto entre autoridades colombianas e norte-americanas no marco do Plano Colômbia, os grandes grupos narcos foram desbaratados nos anos 90. Pablo Escobar foi morto em 1993 em Medellín e Gilberto Rodriguez Orezuela foi preso em 1995 em Cali. A desaparição dos grandes cartéis possibilitou que boa parte do país voltasse a viver períodos de relativa estabilidade.

Embora com menor intensidade que nos anos 80-90, o tráfico de drogas segue sendo um problema para a Colômbia, os Estados Unidos e todos os países da região. Além disso, mesmo que alguns grupos guerrilheiros tenham deposto as armas, como o M-19 (Movimento 19 de Abril) e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), outros ainda controlam porções do território nacional, como o ELN (Exército de Libertação Nacional). Assim, o processo de pacificação é algo que foi iniciado nos últimos anos, mas que segue em curso com avanços e recuos. Desta forma, sim, aquela violência extrema que colocava a Colômbia entre os países mais perigosos do mundo ficou no passado. Obviamente que não é recomendável viajar para regiões remotas do país ou onde ainda há grupos armados em atividade, mas essa não é a realidade dos principais destinos turísticos do país, como Bogotá, Medellín e Cartagena de Índias.

Bogotá

Localizada a 2.600 metros acima do nível do mar, Bogotá é uma metrópole de 7 milhões de habitantes rica em atrativos culturais e repleta de contrastes sociais. Modernos, elevados e coloridos edifícios contrastam com uma paisagem urbana de prédios em tons amarronzados e de baixa estatura. Bairros arborizados, limpos e organizados diferem radicalmente do cinza, da sujeira e da desorganização dos bairros populares. Nada muito diferente das grandes cidades brasileiras, com exceção das elevadas montanhas que cercam a capital colombiana.

Bogotá tem grande oferta de museus de história e arte e instituições culturais como ao Centro Cultural Gabriel García Márquez, além de uma variedade de cafeterias onde se pode provar autênticos e deliciosos cafés colombianos. O Museo del Oro exibe toda a riqueza aurífera que a região já possuía desde tempos pré-hispânicos e que chamou a atenção dos colonizadores espanhois, os quais percorreram os rios amazônicos em busca do famoso El Dorado (aliás, nome do aeroporto de Bogotá). Mas nem só de ouro era rico o subsolo colombiano: o país possuía e ainda possui reservas significativas de esmeraldas.

Outro museu muito visitado em Bogotá é o do artista plástico, pintor e escultor Fernando Botero, recentemente falecido. O Museu Bottero reúne uma grande quantidade de suas pinturas e esculturas de seres humanos e animais em proporções rechonchudas. Ele fica quase em frente ao Centro Cultural Gabriel García Márquez, que reúne uma livraria, sala de exposições artísticas, auditório e um belo pátio em formato circular. Junto ao Centro Cultural se encontra uma pequena – porém famosa – sorveteria que oferece sabores com as temáticas das variadas regiões da Colômbia. Não deixe de saborear um sorvete ou um café nas mesas da cafeteria da instituição enquanto aprecia a leitura de algum clássico da literatura colombiana. No meu caso, O amor nos tempos do cólera, de Gabriel García Márquez.

Centro Cultural Gabriel García Márquez, Bogotá. (Fotografia: Bruno Segatto)

Descendo em direção à Praça Bolívar, encontra-se em uma esquina o Museu da Independência, onde é narrada a trajetória do país até a sua emancipação em relação à Espanha e o que aconteceu com o mesmo após a sua libertação. É o principal museu de história da cidade. Outro museu histórico é o Museu da Cidade, localizado no bairro mais antigo da capital, La Candelaria. Ele conta o percurso da cidade desde suas origens até os dias atuais, mostrando as grandes transformações pela qual a capital passou, como a instalação dos bondes, da iluminação noturna e do sistema de esgoto.

Praça de Bolívar, Bogotá. (Fotografia: Bruno Segatto)

Por fim, em localizado aos pés do Monte Monserrate, se encontra a Casa-Quinta de Simón Bolívar. A residência em estilo colonial hispânico serviu de casa de campo para o libertador Simón Bolívar. A residência preserva mobília, vestimentas, quadros e até uma réplica da espada de Bolívar. O museu exibe somente a réplica por que a original foi furtada pelo grupo terrorista M19 em 1974. Cabe salientar que o M19 era o grupo ao qual pertencia o atual presidente da Colômbia, Gustavo Petro.

Palácio do Congresso Nacional colombiano e monumento a Simón Bolívar. Bogotá (Fotografia: Bruno Segatto)

Por falar em M19, em 1985 o grupo realizou o maior atentado que um grupo guerrilheiro já realizou na história do país. A guerrilha invadiu a sede do Palácio de Justiça, no centro de Bogotá, e fizeram dezenas de pessoas reféns, inclusive ministros da Suprema Corte. O ataque terminou em tiroteio, incêndio e dezenas de feridos e mortos, inclusive dos ministros do mais alto tribunal colombiano. O episódio do Ataque ao Palácio de Justiça de 1985 é frequentemente mencionado nos museus de história do país.

O Palácio de Justiça leva o nome do presidente Alfonso Reyes Echandía, que morreu durante o ataque ao edifício em 1985. (Fotografia: Bruno Segatto).

Ao lado do Palácio de Justiça fica a Catedral de Bogotá, um imponente edifício de origens coloniais e fachada barroca. No outro lado da praça Bolívar se encontra o Capitólio Nacional, edifício em estilo neoclássico que abriga o Congresso Nacional do país. Atrás da sede do Legislativo se encontra a do Poder Executivo, o Palácio Narño, onde despacha o presidente Gustavo Petro. Voltando à Praça Bolívar, no lado oposto à Catedral está o Palácio Liévano, construção em estilo neoclássico que abriga a Prefeitura da capital. Ao centro da Praça se encontra uma estátua de Simón Bolívar, o pai fundador da Colômbia.

Catedral de Bogotá. (Fotografia: Bruno Segatto)

O melhor horário para percorrer a praça e admirar a arquitetura dos edifícios é durante a manhã, pois pela tarde a praça é tomada por milhares de turistas e ruidosos vendedores ambulantes. 

O Museu Nacional da Colômbia é a principal instituição dedicada à história do país como um todo. Ele funciona em um edifício histórico onde antigamente funcionava uma prisão em estilo panóptico, o que explica as paredes grossas, as janelas pequenas e os corredores repletos de salas pequenas. Em seu interior se encontram obras de arte, quadros, fotografias, relatos históricos, mapas e objetos históricos, como o colete que usava Jorge Eliécer Gaitán quando foi assassinado (com as marcas de sangue), um sofá e uma máquina de escrever danificados durante o ataque ao Palácio de Justiça.

A melhor vista panorâmica de Bogotá pode ser vista do alto do morro de Monserrate, que pode ser acessado por meio de um teleférico que sai das proximidades da Casa-Quinta de Bolívar. No topo da colina se encontra a Basílica do Senhor de Monserrate, restaurantes, feira de artesanato e um mirador. É um local bastante disputado durante os fins de tarde.

Ainda sobre Bogotá, não estranhe encontrar policiais por toda parte. Eles estão nos principais pontos turísticos da cidade e em algumas praças eles controlam o acesso. Além disso, os policiais colombianos geralmente levam consigo um cão farejador. Medidas necessárias em um país com o histórico de violência anteriormente mencionado.

Medellín

Antigamente conhecida como sede do cartel de Pablo Escobar, Medellín atualmente se destaca por ser a cidade de Fernando Botero e pelos passeios turísticos pelas fazendas de café do Departamento de Antioquia, do qual é capital. A cidade de 2.5 milhões de habitantes está encravada em um vale rodeado por elevadas montanhas e sedia todos os anos a Festa Anual das Flores, sendo por isso chamada de Cidade da Eterna Primavera

Em Medellín, como em qualquer cidade colombiana, os edifícios históricos e mais importantes se encontram nas quadras centrais. Destaque para a Catedral de Medellín, um edifício em estilo neogótico com tijolos à mostra que fica de frente para o monumento a Simón Bolívar.

A cinco minutos de caminhada se encontra outra praça icônica da cidade, a Praça Botero. Várias esculturas do artista colombiano recepcionam o turista e o direcionam para o Museu de Antioquia, onde obras de artistas colombianos estão expostas ao público. Outro edifício imponente está no outro lado da mesma praça, o Palácio de Cultura Rafael Uribe. Considerado um Patrimônio Nacional, a instituição possui um arquivo histórico e fotográfico da cidade, fonoteca, biblioteca, galeria de arte e sala museu Rafael Uribe.

Outro atrativo turístico de Medellín é o Pueblito Paisa, localizado no topo de uma colina bem no meio da cidade. Trata-se de uma réplica de um povoado de Antioquia do século XX, com igreja e prefeitura, no topo do morro Nutibarra. Lá em cima também tem restaurantes com comidas típicas colombianas, lojas de artesanato e um museu com fotografias da cidade. Lá de cima se pode ver praticamente toda a cidade e acompanhar os aviões que aterrissam e decolam do aeroporto regional Olaya Herrera.

Pueblito Paisa de Medellín (Fotografia: Bruno Segatto).

Fazendo uso do metrocable da cidade é possível percorrê-la quase em sua totalidade. Aliás, Medellín se tornou uma referência em mobilidade urbana desde que os governos municipal, regional e nacional se empenharam em desconstruir o estigma de cidade violenta. Esse esforço conjunto implicou na construção de um metro integrado com as linhas de ônibus e de escadas rolantes em favelas, como a Comuna 13.

A comunidade foi “pacificada” no ano de 2002, quando os Operativos Orión e Mariscal puseram fim à presença de grupos armados das FARC, do Exército de Libertação Nacional (ELN) e dos Comandos Armados do Povo (CAP). Embora questionada por organismos de defesa dos direitos humanos, as operações possibilitaram que a Comuna 13 fosse pacificada e integrada à cidade por meio de escadarias rolantes e melhorias urbanas. Atualmente, a Comuna reúne centenas de milhares de moradores divididos em dezenas de favelas e recebe diariamente milhares de turistas. O complexo reúne restaurantes, apresentações musicais, lojas de artesanato, museus comunitários, paredes com grafites e vários mirantes com vista para a cidade. É uma forma interessante de turismo na medida em que o visitante pode conhecer a realidade local, ouvir como a violência do país impactou a vida das famílias que lá vivem e contribuir com projetos sociais de atuação local.

Vista de um dos mirantes da Comuna 13. (Fotografia: Bruno Segatto).

No entanto, se o visitante prefere ir para as proximidades de Medellín não faltam opções. Para os amantes do turismo rural ou do café, as fazendas de plantação e torrefação são um excelente atrativo. O turista pode percorrer os cafezais, conhecer a história da cafeicultura no Departamento de Antioquia, apreciar o processo de torrefação e deliciar os vários tipos de cafés colombianos. 

Mas, se a opção é por paisagens naturais, o povoado de Guatapé é a melhor alternativa. Conhecida como a “cidade mais colorida da Colômbia”, o pequeno povoado possui uma grande atração turística: uma imensa rocha de 220 metros de altura, a Pedra do Peñol, rodeada pelas águas represadas pela represa do Peñol. É possível subir até o topo da rocha por meio de uma escadaria e lá de cima apreciar uma das mais belas vistas da Colômbia. Subir até lá vai ser cansativo, mas deixe para descansar no próximo destino, a pérola do Caribe colombiano.

Cartagena de Índias

Cartagena de Índias é uma cidade portuária com 1 milhão de habitantes conhecida pelas suas ruas coloniais repletas de casas coloridas e pelas praias de águas cristalinas. Cartagena é perfeita combinação entre história e natureza. A cidade preserva boa parte de seu legado arquitetônico colonial, tais como casarões, muralhas, igrejas, calçamentos etc. Caminhar por suas ruas é como voltar aos tempos em que a Colômbia era parte do Império espanhol. A sua relevância histórico-cultural foi reconhecida pela Unesco, que declarou Cartagena de Índias Patrimônio Cultural da Humanidade.

Entrada da cidade histórica de Cartagena de Índias. (Fotografia: Bruno Segatto)

Além das várias igrejas e casarões coloniais, vale investir na visita à sede da Inquisição. Uma edificação de aspecto pesado e com várias divisões internas onde os instrumentos de tortura e os calabouços deram lugar a um museu da cidade e exposições artísticas. A presença da Inquisição na cidade denota a sua importância, pois além dela somente Lima e Cidade do México, ambas capitais de Vice-Reinos, possuíam sedes do Tribunal do Santo Ofício.

Em Cartagena de Índias o turista pode se deparar com os legados das culturas africanas nas danças, nas vestimentas e na culinária local. Mulheres palenqueras desfilam com suas roupas coloridas pelas ruas da cidade, mas não ouse tirar foto delas sem pagar… Elas rememoram as antigas mulheres afro-colombianas que viviam em palenques (quilombos, para nós brasileiros) nas proximidades de Cartagena. Elas representam a luta e a resistência das mulheres afro-colombianas, que no passado lutavam contra a escravidão e atualmente lutam por melhores condições de vida.

Outro ponto turístico da cidade é o claustro da Merced, onde funciona a sede administrativa da Universidade de Cartagena. No centro do pátio interno se encontra o Mausoléu de Gabriel García Márquez, o maior escritor colombiano de todos os tempos. O local conta com uma livraria e uma sala museu que conta a vida do autor de Cem anos de solidão e O amor nos tempos do cólera. A somente duas quadras dali está a casa onde o escritor vivia quando morava na cidade costeira. Tanto a casa quanto o Claustro ficam bem em frente ao mar, que pode ser admirado em toda a sua plenitude de cima da muralha colonial. Falando no mar, não se pode deixar de conhecer as praias de Cartagena.

Todos os dias partem embarcações para ilhas caribenhas próximas, como Tierra Bomba e do Rosário, que possuem praias paradisíacas com águas quentes e cristalinas. Nada melhor para descansar após bater perna em Bogotá e Medellín do que relaxar ao som das ondas do mar nas ilhas de Cartagena.

Praia da ilha de Tierra Bomba (Fotografia: Bruno Segatto).

Independentemente da cidade, a Colômbia é realmente um destino único para qualquer turista. Quem se aventurar por suas terras terá a oportunidade de usufruir de um país rico em cultura e natureza e relativamente barato. Alguns anos atrás, o governo colombiano lançou um lema para fomentar o turismo no país dizendo que o único perigo em visitar a Colômbia era de o visitante querer ficar por lá. O lema faz total sentido!

@brunof_segatto

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A Passageira

Andressa Griffante é Jornalista, especialista em Marketing de Conteúdo e Influência, e uma viajante apaixonada por arte, história e cultura. Acredita que os lugares e as pessoas tem muito para nos ensinar, e que nem sempre precisamos ir longe para aprender com o mundo.

Que valoriza a liberdade de viajar sozinha e o aprendizado de se perder de vez em quando. Gosta de planejar cada passo de uma viagem com antecedência, mas às vezes se joga numa trip de última hora. Quer aproveitar a vida ao máximo e compartilhar seus caminhos, afinal, estamos todos aqui de passagem…

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