Mais do que trabalhar viajando o mundo o nomadismo digital é um estilo de vida que requer muito planejamento e disciplina
No Google Trends o termo digital nomad, ou Nômade Digital, faz uma linha crescente em popularidade de 2014 até 2016. Nesta ferramenta – que permite avaliar a relevância de palavras e expressões pesquisadas no buscador – é possível notar que até 2013 o Brasil não pesquisava praticamente nada sobre o assunto. Já este ano, uma onda de blogs falam a respeito e dão diversas dicas de como se tornar um nômade digital. Por consequência, as buscas pelo assunto aumentaram consideravelmente. Eu, por exemplo, não tinha ouvido falar até final do ano passado, mas atualmente sou uma grande curiosa no assunto.
Em abril deste ano interessados pelo tema puderam aprender um pouco mais sobre o que se trata, assistindo palestras de nômades digitais e trocando ideias com outros aspirantes a este estilo de vida, durante o 1º Congresso Online de Nômades Digitais do Brasil, idealizado pelos viajantes Rafael Zenato e Tamara Machado. (Quem perdeu o evento, ainda pode ter acesso ao conteúdo contratando o Acesso Ouro no site congressonomade.com.br).
Mais do que trabalhar viajando o mundo o nomadismo digital é um estilo de vida que requer muito planejamento e disciplina. E é ainda um paradigma a ser derrubado, já que muitos entendem como uma vida fácil, bancada por pais ricos, confundindo o Nômade Digital com um mochileiro ou apenas um viajante que temporariamente está trabalhando em outro país.
Na verdade, o Nômade Digital é uma escolha de vida que pressupõe trabalhar remotamente (online) de onde quer que se esteja, conciliando viagens com trabalho. O que não quer dizer que se trabalhe na beira da praia sempre, ou que se trabalhe na hora que se bem entender, ou que se possa viajar o tempo todo sem se preocupar com prazos e horários, como os trabalhadores não nômades. Existem diversos mitos em torno deste tema, pois muitas pessoas ainda consideram esta rotina algo impossível ou ilusório.
Eu mesma tinha algumas dúvidas a respeito. Até descobrir o termo e pesquisar em outros blogs e sites sobre as experiências de viajantes que trabalham remotamente. E então, namorando à distância por 3 anos e trabalhando como Assessora de Imprensa em home office, descobri que tranquilamente eu conseguia levar meu notebook de Porto Alegre para Curitiba e fazer tudo que eu fazia em casa, na casa do namorado. Com o auxílio do smartphone, respondo e-mails de qualquer lugar, na rua, no ônibus, no restaurante. A evolução tecnológica, os sistemas de dados na “nuvem”, tudo isso possibilita hoje que seja real viver como Nômade Digital.
Eu não sou uma das adeptas, embora uma grande aspirante a este estilo de vida. Mas sugiro, pra quem tiver interesse em conhecer mais sobre o assunto, que acompanhe dois blogs (e seus snapchats) que eu curto muito e que me inspiraram a tornar o Passageira uma realidade: Pequenos Monstros (@pmonstros no Snap) e Quero Viajar Mais (@queroviajarmais no Snap).
Existem muitos outros blogs feitos por nômades digitais, que registram a experiência de quem vive assim. Estes são apenas dois com os quais me identifico, que são bastante diferentes um do outro, mas gosto especialmente pelo conteúdo e pela forma como seus idealizadores interagem nas redes sociais. Se você conhece outros, deixe a sugestão nos comentários!
Quem sabe no futuro eu não me torne uma Nômade Digital também!? Falta planejar. Por enquanto, vou compartilhando por aqui minhas pesquisas sobre o assunto! 😉