Porto Alegre recebe nos dias 22, 23 e 24 de setembro, o espetáculo “Rio Mais Brasil, o nosso Musical”, com apresentações no Teatro do Bourbon Country. Idealizado por Gustavo Nunes, com direção de Ulysses Cruz e autoria de Renata Mizrahi, ‘Rio mais Brasil, o nosso musical’ mostra um país cheio de musicalidade e contrastes. O povo brasileiro é o protagonista, com sua pluralidade, sua complexidade, seu sincretismo, livre de estereótipos. Uma gente que enverga, mas não quebra. A produção é assinada pela mesma produtora de “Cássia Eller, o musical”, a Turbilhão de ideias Entretenimento.
‘Rio mais Brasil, o nosso musical’ se passa nos bastidores da realização de um longa-metragem, livremente inspirado na obra ‘O Povo Brasileiro’, de Darcy Ribeiro. O produtor Martin recebe uma verba para criar uma superprodução, mostrando um Brasil jamais visto antes no cinema. Após muito procurar, ele vê suas ideias traduzidas pela cineasta Cris, que propõe mostrar a essência do povo brasileiro através do livro do Darcy Ribeiro, O Povo Brasileiro. E a escolha do elenco deve refletir essa proposta, com pessoas de todo o país, que mostrarão um pouco de suas vivências, ajudando a entender o Brasil através da sua gente. À medida que as filmagens avançam, os valores vão sendo reduzidos, até que o investimento na produção é completamente cancelado. Como seguir adiante? O que pode ser feito? Um novo fato reacende as esperanças e possibilita a continuação das filmagens.
Realidade e ficção dialogam em cena. Não apenas porque o espetáculo retrata uma rotina tão comum à cultura brasileira, mas porque foi livremente inspirado em um fato acontecido na própria produção do musical, que seria montado em 2016, porém teve o cancelamento de um patrocínio quando estava iniciando os ensaios, já com todo o elenco escolhido. O produtor e idealizador Gustavo Nunes não desistiu e artistas como Ulysses Cruz e Cris Vianna seguiram à disposição do projeto, que pôde agora ser viabilizado com apresentação do Ourocap, em uma realização da Turbilhão de Ideias Entretenimento.
É a arte mais uma vez driblando os obstáculos e fazendo brotar a criação de onde antes havia apenas incerteza. “Essa primeira tentativa frustrada se transformou em história na peça. E o Martin é uma homenagem ao Gustavo, que nunca desistiu de fazer esse espetáculo nascer”, exalta Ulysses. “O Ulysses foi a primeira pessoa que convidei para integrar o projeto. A ousadia que ele apresenta em suas encenações seria fundamental para poder realizar um projeto como este”, afirma Gustavo, que complementa: “sentia falta de ver nos palcos um espetáculo que refletisse o Brasil de hoje. Ainda consumimos tantas histórias que não têm absolutamente nada a ver com a nossa realidade. Nossa cultura e nossas questões precisam tomar maior proporção, ainda mais num momento como o que estamos vivendo”.
Assim como no filme retratado no espetáculo, a escolha do elenco traduz a diversidade brasileira: foram mais de 500 candidatos de todo o país e a lista inclui nomes do Amazonas, Mato Grosso, Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Anna Bello, André Muato, Bárbara Sut, Camila Matoso, Clayson Charles, Edmundo Vitor, Janaína Moreno, Kesia Estácio, Leandro Melo, Leonardo Vieira, Luciana Balby, Nando Motta, Marcel Octavio, Paulo Ney, Priscilla Azevedo e Teka Balluthy foram escolhidos pela banca formada por Ulysses Cruz, os diretores musicais Carlos Bauzys e Daniel Rocha, o diretor assistente, Thiago de Los Reyes, a produtora de elenco, Vanessa Veiga, e Gustavo Nunes. O elenco se complementa ainda com o multi-instrumentista Fernando Thomaz, que também atua nesta encenação.
Carlos Bauzys não esconde a satisfação com os atores escolhidos: “foi uma das seleções mais difíceis que já fiz, fiquei entusiasmado com o alto nível dos multi-artistas”, celebra. “Queríamos um elenco que espelhasse o Brasil, mas um elenco real, não pessoas que parecessem, mas que fossem. Nossa vontade é realmente colocar em cena o povo brasileiro”, explica Ulysses.
Renata conta que recebeu o pedido do texto com a ideia de trabalhar em cima do Rio e do Brasil, mas sem um argumento definido. “Tive várias conversas com o Ulysses e o Gustavo. Bati muita bola com eles e, aos poucos, fomos construindo essa história. A gente troca ideia, debate muito. E tivemos também os atores, que chegaram, cada um com uma bagagem e histórias que só nos enriquecem. Esse trabalho é a arte de ouvir, filtrar e escrever”, explica Renata. “O texto foi sendo finalizado com a minha ida aos ensaios. Os atores nos trouxeram informações, vivências, além de demandas naturais da encenação”, complementa o diretor.
Participação popular e trilha musical
O espetáculo inovou ainda ao possibilitar a participação do público na criação do roteiro final. As pessoas puderam enviar histórias verídicas e letras inéditas de músicas, através do site http://riomaisbrasil.com.br/. Uma dessas histórias e uma canção inédita foram selecionadas e incorporadas ao enredo final, que tem uma linha narrativa não-cronológica e não-linear. Em dado momento, podem ser mostrados, simultaneamente, o teste dos candidatos junto às cenas de suas vidas reais; cenas dos investidores podem se alternar com as filmagens ou com cenas dos bastidores. “Primeiro, eles entram como atores e vão virando personagens. Nas cenas dos testes, são os próprios atores, com um pouco de suas experiências” explica.
A trilha é um dos pontos altos do musical: congrega letras originais de Renata, com uma releitura de músicas consagradas e também canções representativas das 05 regiões brasileiras. O espetáculo reúne canções inéditas, além de composições de Milton Nascimento, Chico Buarque, Caetano Veloso, Luiz Gonzaga, Rita Lee, Gonzaguinha, Almir Sater, Gilberto Gil, Ary Barroso, Cazuza, Tom Zé, Aldir Blanc, Arlindo Cruz, Waldemar Henrique, Kleiton e Kledir, Dani Black, Dona Onete, A Banda mais bonita da Cidade, entre outros, que ressurgem em arranjos originais de Carlos Bauzys e Daniel Rocha. “A nossa busca é refletir nos arranjos, na escolha das músicas, um pouco de tudo do Brasil, essa mistura imensa. Então, estamos trazendo várias referências. É uma mistura de múltiplas influências brasileiras adicionadas aos elementos do teatro musical”, esclarece Bauzys, que não esconde o entusiasmo com a grandeza musical desse país. “Essa riqueza parte de uma espontaneidade sublime. Em cada canto do Brasil que você vai, encontra tradições populares que existem há muito tempo e são extremamente ricas e únicas. O que mais me atrai é essa beleza que parte da espontaneidade e da simplicidade”, finaliza.
As apresentações ocorrem às 21h nos dias 22 e 23 de setembro, e às 19h, no domingo. Os ingressos custam entre R$ 50,00 e R$ 120,00 e já estão à venda na bilheteria do teatro.
RIO mais BRASIL, o nosso musical
Apresentado por
MINISTÉRIO DA CULTURA E OUROCAP
LEI DE INCENTIVO À CULTURA
Patrocínio Master
OUROCAP
Uma Produção
TURBILHÃO DE IDEIAS ENTRETENIMENTO
Realização
MINISTÉRIO DA CULTURA
BRASIL GOVERNO FEDERAL
Produção e concepção: Gustavo Nunes
Texto: Renata Mizrahi
Direção: Ulysses Cruz
Direção Musical: Carlos Bauzys e Daniel Rocha
Assistente de Direção: Thiago de Los Reyes
Produção de elenco: Vanessa Veiga
Elenco: Anna Bello, André Muato, Bárbara Sut, Camila Matoso, Clayson Charles, Edmundo Vitor, Janaína Moreno, Kesia Estácio, Leandro Melo, Leonardo Vieira, Luciana Balby, Nando Motta, Marcel Octavio, Paulo Ney, Priscilla Azevedo e Teka Balluthy
SERVIÇO
Porto Alegre
Teatro Bourbon Country
22 DE SETEMBRO, SEXTA às 21h
23 DE SETEMBRO, SÁBADO às 21h
24 DE SETEMBRO, DOMINGO às 19h
Camarotres: R$120,00
Plateia Baixa: R$100,00
Plateia Alta : C1 a C5 – R$80,00
Plateia Alta : C6 a C9 – R$50,00
Galeria – R$50,00
Mezanino – R$50,00
Classificação etária: 12 anos
Duração: 105 minutos
Informações via Assessoria de Imprensa